quinta-feira, 9 de julho de 2009

INTERVENÇÃO


PROPOSTA

A partir de espaços da EA criar ambientes que apresentassem os trabalhos feitos ao longo do primeiro semestre do curso de Arquitetura (trabalhos de qualquer disciplina, individuais ou coletivos, principalmente os desenhos), produzindo material específico para a mídia da intervenção, ou seja, fazendo uma releitura de forma a “espacializar” o conteúdo dos trabalhos, ou de integrar a informação na produção do espaço. O conceito de interatividade assim como o de virtualidade (vide textos de Ana Paula Baltazar e Vilém Flusser) deveria ser trabalhado, além de cada grupo fazer com que houvesse um diálogo entre seu trabalho e um segundo, ou seja, as intervenções deveriam comunicar entre si. Para isso o uso de ferramentas tais como sensores, microcontroladores e códigos do Processing - a serem enviados pela internet - foram indispensáveis.

Dados os comandos e divididos os grupos, meu grupo, com 5 integrantes, optou pela cantina da escola, que não era usada há quase um ano. Dentre os motivos da escolha, temos:

• o fato de o local ser fechado, o que tornava desnecessária a desmontagem de equipamentos eletrônicos ao se trancar o local;

• a proximidade com a intervenção vizinha, o que facilitaria a comunicação entre as duas;

• arquitetura bem dividida e demarcada;

• a proximidade com o CIAU, o que facilitaria o acesso à internet;

• o grande número de tomadas disponíveis.


PRIMEIRAS IDÉIAS

Com a escolha do local, as primeiras idéias, ainda em esboço, foram surgindo. O grupo optou por alterar a imagem marcante da lanchonete. Como o acesso ao local foi restrito em 2008, decidimos trabalhar arquitetônica do local) sendo que nos dois primeiros foi criado o “labirinto móvel”; no terceiro “planos de elásticos” entre as peças de andaimes que serviam de suporte para tiras de papel paraná acionarem ‘leds’ coloridos além dos desenhos que poderiam ser trocados de lugar nos suportes metálicos do andaime; e no último quadrante uma projeção em tempo real transformava os visitantes em pequenos quadrados, mesclando a tela às paredes revestidas de ladrilhos.


LABIRINTO-MÓVEL

Para criar o labirinto, foram usados 25 paineis de exposição. Cada painel é composto por três suportes móveis. O labirinto era formado por esses painéis dispostos aleatoriamente - sendo que apenas algumas partes de apenas alguns paineis eram amarrados para darem suporte e para criarem caminhos, assim as outras partes eram mutáveis de acordo com a movimentação dos visitantes dentro do labirinto, criando e desmanchando caminhos.

As luminárias que projetavam desenhos dentro do labirinto, foram feitas em uma caixa de papelão (que mais tarde foi encapada com papel cartão e arremates de fita isolante) onde foram colocadas imagens impressas em lâminas transparentes nas janelas de tamanho A5, de desenhos do dossiê arquitetônico de História da Arte. As caixas foram suspensas pelo mesmo fio que as ligavam nas tomadas.



ELÁSTICOS

Planos de elásticos foram feitos entre as peças do andaime montado em forma de hexágono para dificultar ainda mais a acessibilidade. Mais tarde esses planos serviram como suporte para tiras de papel-paraná que tinham em suas pontas ímãs. Estes faziam acionar circuitos formados por ‘reed-switches’, pilhas e ‘leds’ ao serem movimentados próximo ao equipamento – assim os visitantes eram convidados a alterarem a iluminação do local.


Ainda nesse espaço os visitadores poderiam mudar, montar ou desmontar desenhos produzidos pelos integrantes do grupo. Os desenhos foram cortados em três tiras de papel-paraná (como um quebra-cabeça). Em cada uma dessas tiras foram colados um par de “super-ímãs”, assim os desenhos poderiam ficar suspensos em qualquer parte do andaime formando novos arranjos de imagens.


PROCESSING

A interação computadorizada ficou por conta do Processing. Nesse programa foi criada uma programação que transformava (em tempo real) a imagem das pessoas, recebida por uma webcam,em pixels verdes de diferentes tonalidades, que davam continuidade à parede de pastilhas verdes do balcão da cantina – inspiração para o programa. O computador que rodava o programa ficou localizado atrás do balcão da cantina, sendo que a abertura sobre o balcão foi tampada com TNT preto e o próprio tecido usado para fazer a projeção (Sarja branca),para isso foi usado um antigo projetor da escola.A comunicação também foi fornecida pelo Processing: nós mandávamos o vídeo captado pela nossa webcam para a intervenção vizinha, que por sua vez nos enviava dados ativados em um “corredor interativo”. Tais dados influíam no nosso vídeo “pixalizado”, aumentando/diminuindo o tamanho dos pixels ou alterando sua cor.


FICHA TÉCNICA [EQUIPAMENTOS E MATERIAIS UTILIZADOS]

7 Caixas de papelão (50x25x25) - 30m Fio de cobre - 7 Pinos Tomada - 5 Lâmpadas - 2 Lâmpadas - 7 Buquilhas - 10 Papéis-cartão preto - 8 Fitas isolante (20m) - 1 Papel manteiga A2 - 8 Xerox em transparência - 1 Papel celofane verde - 4 Ganchos de pressão - 16 LED’s alto brilho (cores diversas) - 16 Reed switch - 16 Pilhas AAA - 8 Compartimentos para pilha - 4 m Fio (2mm) 200m Elástico preto - Durex grosso - 6 Andaimes tipo torre - 3 Andaimes tipo travessa de ligação - 7 Papel paraná - 9 Impressões A2 - 66 Super ímãs - 2 Fita isolante (20m) - 20m Fita dupla face - Superbonder - Tinta Preta - 25 Painéis de exposição - 20 m Barbante - TNT 10x1,5 m - Sarja 4x1,5 m - Projetor - Computador - Webcam - Cabo de rede - 2 Impressôes cartaz A3 - 4 Impressões cartaz A5.


GRUPO

Estevam Gomes, Sandro De Bernardi, Lorena Vaccarini, Gustavo Ziviane, João Deluca

1° Período da E.A. - UFMG

Junho/2009

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