quarta-feira, 25 de março de 2009

Performance


Trabalho feito no photoshop para deixar registrado as nossas performances!! Usando os mais diversos recursos e literalmente "testando" as infinitas possibilidades do programa, temos como resultado esta imagem que se baseia nas ideias de "público e privado" e intervenção do espaço! (Hertzberger)
dupla: Tiago Cícero

domingo, 22 de março de 2009

Pampulha



Trabalho sobre o Complexo da Pampulha. Muitas pesquisas e consultas (com direito a visita à biblioteca), e principalmente no meu caso um "coro" no photoshop!! Ainda bem que era em dupla...valeu por tudo Carol!!

domingo, 15 de março de 2009

Teoria da Deriva - Guy Debord


Deriva, por definição, é: “modo de comportamento experimental ligado às condições da sociedade urbana: técnica de passagem rápida por ambiêntes variados", distinta do passeio e da viagem turística. Seria então o gesto largo de perambulação pela metrópole, gesto aparentemente superficial e sem compromisso, mas um estímulo ao exercício de perder-se na cidade para descobri-la.

A deriva de Debord busca suplantar os métodos tradicionais e convencionais de apreensão do espaço urbano, assim como substituir a representação pela vivência de experiências pessoais, introduzindo um novo tipo de leitor/observador: o habitante que intervém e vivencia - o “vivenciador” - e não um mero espectador que contempla alienado o que está em sua volta. Um convite para que todos experimentem a cidade e atuem como verdadeiros cidadãos.

Teoria da Deriva (Wikipédia):
A teoria da deriva é um dos trabalhos de autoria do pensador situacionista Guy Debord.
A deriva é um procedimento de estudo psicogeográfico – estudar as ações do ambiente urbano nas condições psíquicas e emocionais das pessoas. Partindo de um lugar qualquer e comum à pessoa ou grupo que se lança à deriva deve rumar deixando que o meio urbano crie seus próprios caminhos. É sempre interessante construir um mapa do percurso traçado, esse mapa deve acompanhar anotações que irão indicar quais as motivações que construiu determinado traçado. É pensar por que motivo dobramos à direita e não seguimos retos, por que paramos em tal praça e não em outra, quais as condições que nos levaram a descansar na margem esquerda e não na direita... Em fim, pensar que determinadas zonas psíquicas nos conduzem e nos trazem sentimentos agradáveis ou não.
Apesar de ser inúmeros os procedimentos de deriva, ela tem um fim único, transformar o urbanismo, a arquitetura e a cidade. Construir um espaço onde todos serão agentes construtores e a cidade será um total.
Essas idéias, formuladas pela Internacional Situacionista entre as décadas de 1950 e 1970, levam em conta que o meio urbano em que vivemos é um potencializador da situação de exploração vivida. Sendo assim torna-se necessário inverter esta perspectiva, tornando a cidade um espaço para a libertação do ser humano.
A deriva tem Guy Debord como um dos seus maiores entusiastas e estudiosos. Este autor formulou o início da Teoria da Deriva em 1958 e publicou na então Revista Internacional Situacionista. Desde então estudiosos, acadêmicos ou não, experimentam esse procedimento com interesses que vão deste simples estudos de uma cidade até a elaboração de dissertações e teses. Atualmente muitas pessoas que estudam geografia urbana, e muitos coletivos que questionam a urbanização experimentam a deriva como forma de estudo e de práxis política.

Parkour

Atividade física difícil de categorizar, não considerado um esporte radical mas sim uma arte ou disciplina semelhante a auto-defesa das artes marciais, tem como objetivo - de acordo com o seu fundador David Belle - superar todos os obstáculos à sua frente como se estivesse em uma emergência. Os movimentos são totalmente livres de regras, de tal maneira que o praticante consiga alcançar a maior velocidade superando todos as dificuldades que podem aparecer nas áreas urbanas (principalmente).

Os obstáculos podem ser qualquer coisa no ambiente circundante, desde galhos de árvores e pedras até grandes escadas, muros e edificações. Esta arte que visa obter o melhor e mais rápido modo de fuga, também ajuda o praticante a aprender escolher o caminho mais curto (gastando assim menos energia) e evitar ferimentos a curto e longo prazo, parte do porque o não-oficial lema é être et durer (ser e durar).

Acessível a todos que se interessarem e sem limitações de espaços para ser praticado, o parkour possibilita um maior auto-conhecimento do corpo e da mente, desenvolvendo assim uma maior concentração, coordenação motora, resistência e força. Porém, para um praticante é essencial que possua determinação e acima de tudo coragem.

Fica claro também que os acidentes são inevitáveis, mesmo para os mais experientes. Mas com o passar do tempo adquirindo maiores capacidades de avaliação de distância e de risco, e fazendo o uso do "uniforme" leve (calça, camiseta e tênis esportivo), estes "acidentes de trabalho" vão desaparecendo.

HISTÓRIA
As inspirações para essa arte surgiram de várias partes, primeiramente pelo méthode naturelle (Método Natural de Educação Física) desenvolvido por Georges Hébert durante o vigésimo centenário. Soldados Franceses no Vietnã inspirados pelo trabalho de Georges Hébert criaram o treinamento militar: parcours du combattant. David Belle foi iniciado no treinamento militar e méthode naturelle por seu pai, Raymond Belle — um soldado Francês que praticava as duas disciplinas. David Belle continuou a praticar outras atividades como artes marciais e ginástica, buscando aplicar suas habilidades adquiridas de forma prática na vida.
Depois de se mudar para Lisses, David Belle continuou sua jornada com os outros. "Desde então nós desenvolvemos" disse Sébastien Foucan no documentário Jump London, "e realmente em toda a cidade lá estávamos; lá estava o parkour. Você precisa apenas olhar, você precisa apenas imaginar, igual uma criança" descrevendo a visão do parkour.

Flâneur


"Para compreender a psicologia da rua não basta gozar-lhe as delícias como se goza o calor do sol e o llirismo do luar. É preciso ter espírito vagabundo, cheio de curiosidades malsãs e os nervos com um perpétuo desejo incompreensível, é preciso ser aquele que chamamos de flâneur e praticar o mais interessante dos esportes - a arte de flanar".

A figura do flâneur, divulgada em várias produções literárias do século XIX, esta vinculada a esse sujeito que nutre uma paixão pela rua, que faz de sua observação um prazer e um saber, de seu ócio um ofício, de sua visão uma filosofia. Personagem típico da modernidade, o flâneur é a pessoa que caminha sem destino, observando o cenário urbano. Ao vagar sem rumo e com o olhar curioso, este andarilho anônimo que busca novas aventuras, ao mesmo tempo que é parte da multidão é também o avesso dela, já que a multidão - regida pelo sistema capitalista - é movida pelo trabalho enquanto o flâneur é movido pelo ócio.

Durante o exercício da flânerie o eu se perde na multidão humana, nela se encontrando, dela participando. E nessa perda , que é encontro, faz do instante da observação uma descrição histórica, imortalizando o efêmero por meio de seu olhar artístico.

Flanar! Aí está um verbo universal sem entrada nos dicionários, que não pertence a nenhuma língua! Que significa flanar? Flanar é ser vagabundo e refletir, é ser basbaque e comentar, ter o vírus da observação ligado ao da vadiagem. Flanar é ir por aí, de manhã, à tarde, à noite, meter-se nas rodas da populaça e admirar o menino da gaitinha lá na esquina, é conversar com os cantores de seresta, é ver os bonecos pintados a giz nos muros das casas, e observar minuciosamente as grandes e pequenas obras da cidade.
É vagabundagem? Talvez. Flanar é a distinção de perambular com inteligência.