segunda-feira, 18 de maio de 2009
ANÁLISE CRÍTICA DOS OBJETOS INTERATIVOS
dos objetos do trio: Cibele Eller Rodrigues, Isadora de Castro Silva e Lívia Maria Moreira de Morais.
-O Theremin fotossensível, objeto feito pela Lívia, tem a qualidade de ser intuitivo, ou seja, não se faz necessário um manual ou alguém explicando como usá-lo, muito em função da forma com que as lanternas são ligadas (com o toque um pouco mais forte) e das camadas de pano que "antecedem" o sensor, que parecem pedir para serem abertas e devido a incidência de luz cada vez maior fazem o som ficar mais alto. O objeto da Lívia também abre espaço para a criatividade do usuário, na medida que estabelece uma regra simples que é a variação da luz faz o som variar e por meio desta o usuário pode usar o objeto da maneira que bem entender, seja explorando a luminosidade do ambiente ou com as lanternas, fazendo os rítmos que preferir. Essa contribuição do usuário é o que dá sentido ao objeto, sendo assim, ele se adequa ao conceito de virtual, trabalhado nas aulas.
-A flor feita pela Isadora apresenta uma interessante inversão de sentidos, já que contrasta a impressão normal que uma flor dá, de aparência singela e delicada e estímulo olfativo com a força e rigidez dessa flor metálica, que nos estimula auditivamente. O contraste do natural com o tecnológico também se faz presente.
-O tubo de luz da Cibele apresenta um acabamento notável e solução vizual muito boa. Relativamente aos conceitos de virtualidade e interatividade que vêm sendo trabalhados nas aulas, o objeto da Cibele se adequa de maneira interessante, pois permite a interação do usuário e esta pode se ocorrer de maneira permanente, já que ao puxar um tubo, ele só voltaria ao lugar se o usuário quiser que isso ocorra. O objeto apresenta, portanto, uma abertura para que o usuário possa contribuir criativamente e diretamente no objeto. Essa interação, no entanto, foi prejudicada pela diminuição da luminosidade das lâmpadas ao puxar todos os tubos, dando a entender que algo poderia estar errado (produto de um problema técnico) e induz o usuário a não usar o objeto na sua plenitude.
domingo, 10 de maio de 2009
Processing 2 - Interativo
Código de construção:
void setup(){
size(500,500);
smooth();
noStroke();
frameRate(5);
}
void draw(){
background(155,250,50);
fill(98,227,148,100);
ellipse(200,200,mouseX/3,mouseY/3);
fill(25,200,55,100);
ellipse(250,250,width-mouseX/2,height-mouseY/2);
fill(25,120,220,20);
ellipse(20,50,width-mouseX*2,height-mouseY*2);
fill(125,60,55,200);
ellipse(450,350,mouseX/4,mouseY/4);
fill(100);
ellipse(50,50,mouseX,mouseY);
fill(25,00,205,75);
ellipse(250,450,mouseX/5,mouseY/5);
fill(25,200,200,150);
ellipse(300,400,mouseX*2,mouseY*2);
fill(25,25,50,80);
ellipse(10,450,width-mouseX,height-mouseY);
fill(250,10,10,90);
ellipse(490,20,mouseX,mouseY);
fill(25,240,05,75);
ellipse(200,100,width-mouseX,height-mouseY);
fill(25,20,255,200);
ellipse(350,350,mouseX/2,mouseY/2);
fill(185,100,85,120);
ellipse(350,80,mouseX/4,mouseY/4);
fill(230,150);
ellipse(50,450,mouseX,mouseY);
fill(255,80,75,200);
ellipse(320,320,mouseX,mouseY);
}
Processing 1
Código de construção:
void setup() {
size(500, 500, P3D);
smooth();
frameRate(30);
background(220,220,55);
noStroke();
}
void draw(){
fill(25,200,55);
ellipse(250,250,200,200);
fill(225,20,55);
ellipse(20,50,400,400);
fill(125,60,55);
ellipse(450,350,300,300);
fill(100);
ellipse(50,50,100,100);
fill(25,00,205);
ellipse(250,450,75,75);
fill(25,200,200);
ellipse(300,400,350,350);
fill(25,25,50);
ellipse(10,450,130,130);
fill(250,10,10);
ellipse(490,20,110,110);
fill(25,240,05);
ellipse(200,100,70,70);
fill(25,20,255);
ellipse(350,350,250,250);
fill(185,100,85);
ellipse(350,80,300,300);
fill(230);
ellipse(50,450,150,150);
}
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Resenha - Vilém Flusser
Vilém Flusser discorre sobre um problema vigente ao nosso tempo; denominado por “Dialética interna da cultura” – sendo que “cultura” é entendida como a totalidade dos objetos de uso. “um objeto de uso é um objeto de que se necessita e que se utiliza para afastar outros objetos do caminho” , se assim entendermos que caminho e que objetos que se encontram nele, são metáforas, respectivamente, da vida e dos problemas/obstáculos que elas nos propõem.
Flusser explica resumidamente como a dialética funciona e nos atinge: “Eu topo com obstáculos em meu caminho (topo com o mundo objetivo, objetal, problemático), venço alguns desses obstáculos (transformo-os em objetos de uso, bem cultura), com o objetivo de continuar seguindo, e esses objetos vencidos mostram-se eles mesmos como obstáculos. Quanto mais longe vou, mais sou impedido pelos objetos de uso (mais na forma de carros e de instrumentos administrativos do que na forma de granizo e tigres).” O autor continua, mostrando como o problema é de fato um ciclo no qual todos nós fazemos parte: “E na verdade sou duplamente obstruído por eles: primeiro, porque necessito deles para prosseguir, e, segundo, porque estão sempre no meio do meu caminho. Em outras palavras: quanto mais prossigo, mais a cultura se torna objetiva, objetal e problemática.”
Esse antagonismo é alvo de varias perguntas e também é reformulado de outros modos enquanto o filósofo “ensaia” sobre o assunto. Pontos cruciais nessas divagações são referentes ao processo de criação e a responsabilidade de seu criador e quais as mudanças de comportamento que nós, homens, devemos adotar visando uma solução. Quanto ao processo de criação fica claro entender o tamanho da responsabilidade que paira sobre o criador, uma vez que sua criação, seu objeto será “lançado no caminho dos demais” – oferecendo ajuda necessária para prosseguir e/ou tornando-se uma dificuldade, um empecilho, um obstáculo para o usuário.
Assim, Vilém Flusser vê na “liberdade” uma solução (ou pelo menos um caminho para uma possível solução)! Não pensando somente no objeto, mas, dando atenção necessária ao processo criativo e uma maior liberdade e abertura para os outros responderem por si só sobre a criação, fará com que esse objeto não diminua o “espaço da liberdade na cultura”, tendo com isso uma maior interação entre usuários e objeto, tão quanto entre os Homens. “...no processo de criação dos objetos, faz-se presente a questão da responsabilidade, e exatamente por isso é que se torna possível falar da liberdade no âmbito da cultura. A responsabilidade é a decisão de responder por outros homens... quando decido responder pelo projeto que crio, enfatizo o aspecto intersubjetivo, e não o objetivo, no utilitário que desenho...(ou seja, quanto mais irresponsavelmente o crio), mais ele estorvará meus sucessores e, conseqüentemente, encolherá o espaço da liberdade na cultura”.
Objeto Interativo - Crystall Ball
Depois de muito “quebrar cabeça” arranjando as soluções mais variadas para os inúmeros problemas que apareceram desde o início do processo – quando a idéia ainda estava distante do produto finalizado –, concluo com êxito (espero!!) e dentro do prazo a criação do “Objeto Interativo”.
Deixando o protótipo de papel (origami) para trás, cheguei à fase de teste onde nas peças em acrílico verde-musgo foram feitos os primeiros experimentos de montagem, forma e circuitos, entre outros problemas que surgiram.
Também durante esse processo, após quase desistir dos circuitos “sensíveis ao toque” e começar a cogitar a hipótese em reformular toda a idéia, foi que, depois de uma ida a Rua dos Carijós e novamente não encontrar os dispositivos eletrônicos que procurava, fui ao shopping Tupinambás onde encontrei a peça que solucionou o meu maior problema: os circuitos. Apesar da forma não ser a ideal para o processo, o “gelinho” (como é chamado) possuía o circuito necessário montado e ainda preço menor do que o preço das peças separadas – infelizmente eu já havia comprado os itens separados anteriormente...também nem tudo pode ser perfeito!!!
Assim, restando apenas o problema de fazer tudo funcionar cheguei à fase de montagem. O primeiro problema nessa fase foi o da escolha do acrílico: o ideal teria que ser resistente mas ao mesmo tempo teria que ser bastante fino para que o sistema de toque funcionasse. Como ele não existia e a resistência era indispensável, o escolhido era grosso de mais e para piorar o tamanho era exato para o corte das doze faces do dodecaedro – sendo assim não poderia haver nenhum erro sequer.
O problema da espessura do acrílico foi resolvido com o uso de muitos rebites, de palha de aço (realmente 1001 utilidades!) e muita paciência. Então, depois de colar várias vezes os dedos com o uso da SuperBonder e usando fita adesiva por dentro para conseguir a forma e isolante por fora para dar acabamento e firmeza à obra, concluí obtendo um resultado melhor do que o esperado. Espero que vocês também gostem!!!